Audrey Hepburn já era uma estrela, vencedora do Oscar quando brilhou nesta adaptação da obra de Truman Capote, com certeza seu filme mais lembrado. O autor do livro gostaria de ver Marilyn Monroe no papel principal, mas ela foi aconselhada a não fazê-lo. Sendo assim Audrey assumiu o projeto e pediu para que o diretor John Frankenheimer fosse substituído. Em seu lugar entrou Blake Edwards que deu ao filme um olhar mais sensível, lúdico até, sobre a vida de Holly Golightly, uma prostituta de luxo que sonha em se casar com um homem rico e se tornar uma estrela de Hollywood, contudo a jovem sonhadora não esperava que fosse se apaixonar pelo seu vizinho, o escritor Paul Varjak (George Peppard).
O título original, Breakfast At Tiffany's, faz alusão ao sonho da protagonista. Logo no começo do filme vemos a jovem olhando para a vitrine da famosa joalheria tomando seu desjejum. O olhar vago, vazio e carregado de tristeza já diz muito da sua personagem. Era mais um dia e ela ainda não havia alcançado seu sonho. E ela sabia que o tempo era implacável.
Bonequinha de Luxo se tornou atemporal, ele mostrou uma Audrey diferente daquela que conhecíamos, ninguém nunca imaginaria a eterna mocinha fazendo uma acompanhante mesmo que para isso tenham mudado bastante o perfil da sua personagem descrita no romance. Mesmo assim era um passo muito grande para sua carreira.
Curiosidades. Em determinado momento vemos Audrey tentando aprender português para conquistar um empresário brasileiro. Ela se queixa dizendo: “A very complicated language, four thousand of irregular verbs”, depois disso, tenta dizer “Eu acho que você está gostando do açougueiro”.
A música-tema, Moon River, um clássico do cancioneiro americano, foi feita especialmente para o filme. Venceu o Oscar de melhor canção original. O filme também ganhou mais um pela trilha sonora e também recebeu mais três indicações inclusive a de melhor atriz para Audrey Hepburn.
Como falei a princípio eles mudaram bastante o perfil da personagem, mas não apenas o dela que deixou de lado o caráter bissexual. Seu interesse romântico na verdade era homossexual na história de Truman Capote. Mas o estúdio preferiu romantizar ao máximo o enredo para não ir contra ao público conservador da época.
E se você por acaso ainda não viu Bonequinha de Luxo, corra para assistir, é um daqueles filmes essenciais para a nossa vida.
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