25/06/2017

Sex and The City - O Filme

Sex and the City foi uma série de grande sucesso exibida entre 1998 e 2004 que inspirou muita gente através de suas personagens apaixonadas (e apaixonantes) principalmente a Carrie Bradshaw de Sarah Jessica Parker que virou um ícone da moda.
O filme, oriundo da série, mostra o que aconteceu com aquelas mulheres após o término do seriado. Elas continuam enfrentando seus dilemas do dia-a-dia e amizade que as une está mais forte que nunca.

O momento mais glamouroso do filme é quando Carrie, que está de casamento marcado com Mr. Big, é convidada para um editorial de moda para a Vogue. Ela usa e abusa dos mais diversos vestidos de noiva, criados pelos mais renomados estilistas: Vera Wang, Carolina Herrera, Christian Lacroix, Lanvin, Dior, Oscar de La Renta e Vivienne Westwood que termina por presentear Carrie com um fabuloso vestido.


Como Sex and the City marcou uma geração, prometo voltar com mais postagens sobre o filme (e quiçá sobre a série) em breve. Aguardem.

23/06/2017

Argo

Baseado num episódio real, o filme conta a história de como a CIA conseguiu retirar do Irã, seis membros da embaixada americana que estavam escondidos na embaixada canadense. Tarefa complicada que só mesmo Hollywood poderia se atrever a realizá-la e de fato foi isso mesmo que Tony Mendez fez. Com o pretexto de rodar um filme no país conseguiu adentrar no território iraniano e retirar todos de lá. O interessante aqui é como ele com essa ideia estapafúrdia consegue convencer a CIA e o governo americano de topar tal empreitada, pior, ele consegue convencer os iranianos.

Em 1979 as coisas estavam tensas, o Xá do Irã teve que fugir do país quando a revolução tomou o poder. Revoltosos invadem a embaixada americana com intenção de forçar o governo dos EUA a extraditar seu ex líder para que ele fosse julgado. E provavelmente morto. Seis diplomatas conseguem escapar e se refugiam na embaixada do Canadá, mas precisam sair de lá logo.

Enquanto a CIA quebrava a cabeça, Tony Mendez (Ben Affleck), que estava na altura passando por uma crise em seu casamento, foi recrutado para essa missão. Sua ideia absurda acaba sendo aceita e ele procura um importante produtor de Hollywood, Lester Siegel (Alan Arkin, sempre ótimo), para viabilizar tudo.


O objetivo era de que todos de fato pensassem que eles iam fazer mesmo um filme de ficção científica no Irã, aproveitando o cenário do país para tal empreitada. O que é de se espantar é como num momento tão delicado ninguém ousou pensar que isso poderia ser um grande chiste. Um dos personagens até chega a perguntar isso à Mendez que desconversa.

O que vemos ao longo do filme é justamente todas as manobras que são feitas para tirar os americanos do Irã durante toda aquela tensão e é justamente essa tensão que caracteriza o filme, faz dele um suspense que por mais que a gente saiba como tudo aquilo vai acabar a gente quer saber como eles conseguiram aquilo!

Ben Affleck fez o dever de casa em seu terceiro longa-metragem como diretor, seu trabalho é bom, não é lá algo do tipo a melhor coisa do filme, tanto que nem indicaram ele ao Oscar, mas coube ao melhor amigo de Matt Damon colocar tudo no lugar. O roteiro adaptado deixa vários furos que a direção tenta esconder dos olhos menos atentos, mesmo assim ainda ganhou um Oscar; a trilha sonora de Alexandre Desplat é envolvente; e ainda tem um belo gracejo que é ver que no Irã comiam KFC, embora este seja mais um dos tais furos do roteiro já que durante a revolução islâmica eles foram todos fechados, mas esses e outros furos eu prometo falar em outro post...



20/06/2017

Pulp Fiction

Provavelmente este é o sonho de toda marca, se tornar eterna. A McDonald's pode dizer que praticamente conseguiu isto e num filme de Tarantino, mestre em diálogos verborrágicos. A famosa sequência em que Vincent Vega (Jonh Travolta) comenta com Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) que o Quarter Pounder with Cheese é chamado Royal Cheese na França é considerada por muitos como uma das frases mais icônicas do cinema e apareceu até no Oscar!

 – I dunno, I didn't go into Burger King.

16/06/2017

De William Shakespeare, Romeu e Julieta

Romeu e Julieta provavelmente deva ser a história de amor mais famosa de todos os tempos. Até hoje serve de inspiração para muitas outras. No filme de Baz Luhrmann, de 1996, o diretor trouxe para os tempos atuais o amor dos dois jovens. 

Nem é preciso dizer qual marca é anunciada nesta imagem, né? O cor e a fonte dizem tudo. Sútil e óbvio.


15/06/2017

WALL·E

Em Wall·E o personagem-título é um robozinho que tem a missão de limpar a Terra, agora um planeta inabitado e coberto por lixo. Ele é encantado pelo filme Hello Dolly! de 1969, e gosta de repetir a coreografia do filme que se manteve eterno assim como o iPod que o reproduz numa história que se passa em 2805.

Na animação americana de 2008, produzida pela Pixar/Disney e realizada por Andrew Stanton (Procurando Nemo) percebemos claramente o quanto os filmes são ou serão eternos. Sim, eles atravessam décadas, com certeza atravessarão séculos e é essa eternidade que marcas como a Apple desejam alcançar. E quem sabe o iPod possa ainda reproduzir fielmente Hello, Dolly! e Wall·E, filmes que jamais deixarão de nos encantar.


12/06/2017

Feud: Bette and Joan

Bette Davis e Joan Crawford se odiavam. Até aí nenhuma novidade, eu mesmo já falei sobre essa rivalidade no Barba Feita. No começo dos anos sessenta elas ainda mantinham seu imenso público, contudo dividiam os holofotes com outras divas. Hollywood sempre fora cruel para com as mulheres, sobretudo quando elas passavam dos trinta anos, quiçá dos cinquenta. Não haviam mais os grandes papéis de outrora e elas também já haviam feito praticamente tudo, mas incansáveis, não queriam dar o braço a torcer. Estavam vivas e queriam continuar trabalhando. 

Bette Davis trabalhava na Broadway em A Noite do Iguana e parecia não estar nada animada, além disso seu casamento também estava acabando; Joan Crawford não vivia um bom momento e precisava voltar a atuar e foi justamente ela que encontrou o livro O Que Terá Acontecido a Baby Jane? e convenceu o cineasta Robert Aldrich a fazê-lo. E foi a própria até o teatro convidar Bette Davis para este projeto.


Mesmo assim não foi fácil para o pobre Robert conseguir convencer os estúdios a fazer este filme de terror psicológico. Ora o problema era a idade das atrizes, ora o viés que seria dado a narrativa, ora o próprio diretor, mas foi justamente o antigo chefe de Bette e Joan, Jack Warner, quem acabou aceitando a empreitada.

E assim começa Feud, antologia capitaneada por Ryan Murphy que recria uma Hollywood nos figurinos e direção de arte de forma impecável. Provavelmente  um dos grandes lançamentos deste ano, exibido em oito episódios no canal americano FX e aqui no Brasil pelo serviço Fox Premium. O interesse aqui está em desvendar os bastidores não apenas da produção de um dos filmes mais emblemáticos de Hollywood, mas principalmente destas mulheres voluntariosas.


Bette Davis não levava desaforo pra casa e Joan Crawford era do tipo que comia pelas beiradas. Ambas se odiavam, mas sabiam do talento uma da outra. É perceptível que ao longo de toda série, Murphy deu espaço maior para a amiga Jessica Lange recriar uma mulher caprichosa que foi muito bela no passado, mas que ainda guardava a beleza de anos anteriores. Joan Crawford é patética, acreditava plenamente na personagem que criara para si mesma, mas é humana, sendo assim conseguimos entender o trabalho de Jessica e a mea culpa que Murphy impôs á personagem. 

Explico. Joan Crawford tinha o nome na lama por causa do livro, Mamãezinha Querida, que sua filha adotiva, Christina, escreveu após sua morte. O livro deu origem a um filme estrelado por Faye Dunaway. Sendo assim o mundo descobriu que Joan havia sido uma péssima mãe para Christina que sofreu o pão que o diabo amassou. Ryan tentou então dar uma maneirada na imagem da Joan, mas sem deixar de mostrar que ela apenas tentava sobreviver com as armas que podia na selva que é Hollywood


Quanto a Susan Sarandon, particularmente nunca a maginei interpretando Bette Davis, na verdade nunca maginei que alguém fosse capaz de interpretar a maior atriz de todos os tempos, porém assim que ela surge em cena não existem dúvidas que nasceu para isso. E não é Susan que vemos e sim Bette.

O que assistimos ao longo de oito episódios foi a recriação de todas histórias, ou lendas urbanas, acerca desta produção. Está tudo lá. É interessante observar a perfeita reconstituição de época como também os meandros, um tanto nebulosos, dos bastidores de Hollywood. Figurinos, direção de arte e a fotografia que ressalta a cor dos anos sessenta e setenta numa realização precisa e meticulosa de Murphy que ofereceu grande oportunidade para o elenco.


Outro ponto interessante foi o excelente uso do Guerrilla Placement na história. Se Joan era embaixadora da Pepsi (fazia questão de ser fotografada bebendo o refrigerante) e tinha instalado no set uma geladeira com refrigerantes para a produção, Bette não se fez de rogada e mandou instalar outra. Da Coca-Cola, claro. Um fato real que foi muito bem explorado em um dos episódios.

Mesmo para quem não conhece o trabalho de Bette e Joan, Feud merece ser vista. E tenho certeza que muita gente vai entender porque essas mulheres se tornaram lendas muito cedo. Está tudo lá. Nos mínimos detalhes.

10/06/2017

Bruce Lee e Uma Thurman (ou Jogo da Morte e Kill Bill)

diva
Mais de vinte anos separam Jogo da Morte de Kill Bill. O filme de Quentin Tarantino é uma nítida homenagem aos filmes de Bruce Lee. Na imagem acima vemos Uma Thurman usando tênis Tiger Asics Onitsuka que combinam muito bem com sua roupa que remete aquela mesma usada por Lee na famosa sequência de luta com Kareem Abdul Jabbar em Jogo da Morte. Neste filme, contudo, o astro usou tênis Adidas.

cult

07/06/2017

A Felicidade Não Se Compra

Imagine você um dia poder ver como teria sido sua vida se tivesse feito outras escolhas. É essa a premissa deste filme de 1946 estrelado por James Stewart e Donna Reed e considerado o filme mais inspirador da história pelo Amerina Film Institute. 

Num determinando momento do filme podemos ver o personagem de Stewart, George Bailey, ainda bem jovem mostrando a National Geographic Magazine para uma amiga. Mas ele não apenas mostra, ele diz: I've been nominated for membership in the National Geographic society.

Confiram:



05/06/2017

Velvet Goldmine

Cinema e moda andam juntos desde sempre. Inspirado no glam rock dos anos 70, o filme é um projeto pessoal do diretor Todd Raynes que retrata fielmente este período, contando a história de um rockstar chamado Brian Slade (Jonathan Rhys Meyers) que em determinado momento forja a própria morte e consequentemente desaparece da mídia. A partir daí vemos o jornalista Arthur Stuart (Christian Bale) buscando os fatos que o levaram a fazer isso e o destino do paradeiro de Slade. Podemos dizer que o tipo de Product Placement que vemos aqui é o chamado Behaviour Placemet já que retrata fielmente um determinado comportamento de uma época que influenciou — e ainda influencia — milhares de pessoas.

Não apenas a perfeita trilha sonora, mas o figurino merecidamente indicado ao Oscar, ajudam a contar os dramas daqueles personagens imersos a drogas e muito rock and roll; eles estavam criando não apenas um estilo, mas abrindo barreiras até então proibidas como por exemplo, a assumida bissexualidade e androginia de seus artistas aliada a toda exuberância, opulência, exagero e vanguarda que permeou toda uma época.




Ao sair em busca de Brian Slade, Arthur, relembra as descobertas que também passou, ele vivera aquilo tudo e sabia muito bem quem eram seus protagonistas e onde poderia encontrá-los. Naturalmente existe um quê de saudosismo em todos eles, amargura e solidão. Suas lembranças nem sempre serão amáveis, porém honestas, como as de Mandy Slade, a ex esposa de Brian, interpretada por Toni Collette em mais um brilhante desempenho. A tristeza em que muitas vezes ela dirige, diz muito de sua personagem apenas com o olhar.



Claro que um filme como esse se baseia na interpretação de seus atores principais, a entrega que vemos de Jonathan Rhys Meyers e Ewan McGregor (Curt Wild) é impressionante. As cenas em que Curt se apresenta são viscerais, como eram nos anos setenta.




Curiosidades: como foi dito anteriormente o figurino de Sandy Powell foi indicado ao Oscar, contudo ela venceu no mesmo ano pelo seu trabalho em Shakespeare Apaixonado; David Bowie, explícita inspiração do filme, não permitiu que suas músicas fizessem parte da trilha sonora; Ewan e Jonathan gravaram canções especialmente para este filme; a banda de rock, Placebo, também fez uma participação inspirada em outra grande vertente dessa época, os T. Rex.

A Voz Suprema do Blues

Viola Davis é uma atriz do mesmo quilate de Meryl Streep. Infelizmente ainda não é tão reconhecida ou tão bem paga quanto (a bem da verdade ...