O mundo perdeu ontem, 20 de agosto, um dos maiores gênios da comédia de todos os tempos que atravessou gerações fazendo rir a todos com seu humor nonsense e seu incomparável carisma. Jerry Lewis nasceu Joseph Levitch em 16 de março de 1926 numa família de judeus russos. Ganhou fama com a série de filmes em que atuou ao lado do cantor Dean Martin. Este era o galã e a Jerry cabia fazer o palhaço. Foram dez anos de muito sucesso até que a dupla se separou. Nessa fase profícua realizaram 17 filmes e destaco aqui os dois que me recordo com profunda afeição: Artistas e Modelos e Ou Vai Ou Racha que por sinal foi o último filme da dupla e reza a a lenda que eles só se falavam quando gravavam as cenas. A tensão foi tanta para Lewis que ele se recusava a assistir a este filme por lembrar do período terrível que passaram. Da sua carreira solo destaco aqui os filmes
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Bancando a Ama-Seca, 1958 |
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O Mensageiro Trapalhão, 1960 |
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Cinderelo Sem Sapato, 1960 |
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O Terror das Mulheres, 1961 |
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O Professor Aloprado, 1963 |
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Errado pra Cachorro, 1963 |
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Bagunceiro Arrumadinho, 1964 |
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Uma Família Fuleira, 1965 |
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Boeing Boeing, 1965 |
Mas nem sempre Jerry acertou. Como bem lembrou meu amigo
Mauj, ele também fez o obscuro "The Day the Clown Cried" (O Dia Que o Palhaço Chorou) de 1972. O longa metragem nem chegou a ser lançado por ter uma história controversa afinal era um palhaço que alegrava crianças um acampamento nazista. Pelo que descobri o filme não chegou nem a ser completado porque Lewis não ficou satisfeito com o resultado.
Por outro lado com o passar do tempo ele começou a aparecer com menos regularidade, seus filmes já não tinham tanto apelo como antes, também começamos a vê-lo a fazer personagens mais sérios deixando a comédia de lado. Foi professor de direção na University of Southern California e teve como alunos Steven Spielberg e George Lucas. Nos anos 80 atuou em O Rei da Comédia com Robert DeNiro num filme dirigido por Martin Scorsese. Teve alguns programas de televisão e durante anos comandou o Teleton. Até a brasileira Eliana Pittman apareceu se apresentando ao vivo numa edição. Por seus trabalhos humanitários ganhou da academia o Jean Hersholt Humanitarian Award em 2009. Em 2013 fez uma paricipação no filme Até Que a Sorte Nos Separe 2 ao lado de Leandro Hassum.
Mal humorado e polêmico, (não falaremos disso aqui, pelo menos não agora), Jerry Lewis nos deixou, mas seu trabalho está mais vivo do que nunca e se tornou uma das poucas pessoas a conseguir ainda em vida, ultrapassar a barreira da imortalidade.
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