15/02/2018

Com Amor, Van Gogh

Vincent Van Gogh era um artista extremamente sensível e desejava que todos pudessem sentir o que ele via com sua arte, infelizmente apenas após sua morte ele conseguiu alcançar o coração de todos com seu trabalho. A pobre alma atormentada do pintor holandês durante anos aguça a curiosidade de muitas pessoas que tentam entender quem afinal era o homem por trás de tanta beleza. Porque ele se matou? Como alguém que transmitia tanta vida em seus quadros poderia querer tirar a sua própria?

Assim sendo vemos em Com Amor, Van Gogh, os personagens retratados pelo artista recontando os instantes finais de sua vida. Tudo começa quando Armand Roulin é encarregado pelo pai, Joseph Roulin, de entregar uma carta ao irmão de Van Gogh, Theo. Ele não sabe que este também faleceu e cabe aos moradores de Auvers-sur-Oise lhe contarem, sob a perspectiva de cada um, o que aconteceu com Van Gogh no período em que esteve na cidade.

O que me incomoda no filme é que seu roteiro não chega a lugar nenhum, parece que de repente decidiram que seria uma boa ideia criar um suspense sobre a morte do pintor e lá foram eles, contudo quando você acha que o filme vai começar ele se perde novamente virando uma grande perda de tempo e é lamentável. A obra de um dos maiores gênios do mundo daria um filme belíssimo se tivessem escrito uma boa história a partir do que ele deixou, mas pegaram justamente isso para tentar encontrar motivos supérfluos e para se conhecer Van Gogh basta apenas ver seus quadros, está tudo ali. 

Com Amor, Van Gogh está indicado ao Oscar de melhor animação, o filme foi pintado a mão por mais de cem pessoas, neste caso o resultado é lindo e acredito que funciona muito bem numa sala de cinema, mas falta ritmo o que o torna longo demais para se apreciar e talvez se fosse um curta funcionasse melhor.

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